Você está vendo a documentação do Kubernetes versão: v1.23
Kubernetes v1.23 a documentação não é mais mantida ativamente. A versão que você está visualizando no momento é uma cópia estática. Para obter a documentação atualizada, consulte última versão.
Instalando a ferramenta kubeadm
Essa página mostra o processo de instalação do conjunto de ferramentas kubeadm
.
Para mais informações sobre como criar um cluster com o kubeadm após efetuar a instalação, veja a página Utilizando kubeadm para criar um cluster.
Antes de você começar
- Uma máquina com sistema operacional Linux compatível. O projeto Kubernetes provê instruções para distribuições Linux baseadas em Debian e Red Hat, bem como para distribuições sem um gerenciador de pacotes.
- 2 GB ou mais de RAM por máquina (menos que isso deixará pouca memória para as suas aplicações).
- 2 CPUs ou mais.
- Conexão de rede entre todas as máquinas no cluster. Seja essa pública ou privada.
- Nome da máquina na rede, endereço MAC e producy_uuid únicos para cada nó. Mais detalhes podem ser lidos aqui.
- Portas específicas abertas nas suas máquinas. Você poderá ler quais são aqui.
- Swap desabilitado. Você precisa desabilitar a funcionalidade de swap para que o kubelet funcione de forma correta.
Verificando se o endereço MAC e o product_uiid são únicos para cada nó
- Você pode verificar o endereço MAC da interface de rede utilizando o comando
ip link
ou o comandoipconfig -a
. - O product_uuid pode ser verificado utilizando o comando
sudo cat /sys/class/dmi/id/product_uuid
.
É provável que dispositivos físicos possuam endereços únicos. No entanto, é possível que algumas máquinas virtuais possuam endereços iguais. O Kubernetes utiliza esses valores para identificar unicamente os nós em um cluster. Se esses valores não forem únicos para cada nó, o processo de instalação pode falhar.
Verificando os adaptadores de rede
Se você possuir mais de um adaptador de rede, e seus componentes Kubernetes não forem acessíveis através da rota padrão, recomendamos adicionar o IP das rotas para que os endereços do cluster Kubernetes passem pelo adaptador correto.
Fazendo com que o iptables enxergue o tráfego agregado
Assegure-se de que o módulo br_netfilter
está carregado. Isso pode ser feito executando o comando lsmod | grep br_netfilter
. Para carrega-lo explicitamente execute sudo modprobe br_netfilter
.
Como um requisito para que seus nós Linux enxerguem corretamente o tráfego agregado de rede, você deve garantir que a configuração net.bridge.bridge-nf-call-iptables
do seu sysctl
está configurada com valor 1. Como no exemplo abaixo:
cat <<EOF | sudo tee /etc/modules-load.d/k8s.conf
br_netfilter
EOF
cat <<EOF | sudo tee /etc/sysctl.d/k8s.conf
net.bridge.bridge-nf-call-ip6tables = 1
net.bridge.bridge-nf-call-iptables = 1
EOF
sudo sysctl --system
Para mais detalhes veja a página Requisitos do plugin de rede.
Verificando as portas necessárias
As portas listadas aqui precisam estar abertas para que os componentes do Kubernetes se comuniquem uns com os outros.
O plugin de rede dos pods que você utiliza também pode requer que algumas portas estejam abertas. Dito que essas portas podem diferir dependendo do plugin, por favor leia a documentação dos plugins sobre quais portas serão necessárias abrir.
Instalando o agente de execução de contêineres
Para executar os contêineres nos Pods, o Kubernetes utiliza um agente de execução.
Por padrão, o Kubernetes utiliza a interface do agente de execução (CRI) para interagir com o seu agente de execução de contêiner escolhido.
Se você não especificar nenhum agente de execução, o kubeadm irá tentar identifica-lo automaticamente através de uma lista dos sockets Unix mais utilizados. A tabela a seguir lista os agentes de execução e os caminhos dos sockets a eles associados.
Agente de execução | Caminho do socket Unix |
---|---|
Docker | /var/run/dockershim.sock |
containerd | /run/containerd/containerd.sock |
CRI-O | /var/run/crio/crio.sock |
Se tanto o Docker quanto o containerd forem detectados no sistema, o Docker terá precedência. Isso acontece porque o Docker, desde a versão 18.09, já incluí o containerd e ambos são detectaveis mesmo que você só tenha instalado o Docker. Se outros dois ou mais agentes de execução forem detectados, o kubeadm é encerrado com um erro.
O kubelet se integra com o Docker através da implementação CRI dockershim
já inclusa.
Veja a página dos agentes de execução para mais detalhes.
Por padrão, o kubeadm utiliza o Docker como agente de execução.
O kubelet se integra com o Docker através da implementação CRI dockershim
já inclusa.
Veja a página dos agentes de execução para mais detalhes.
Instalando o kubeadm, kubelet e o kubectl
Você instalará esses pacotes em todas as suas máquinas:
-
kubeadm
: o comando para criar o cluster. -
kubelet
: o componente que executa em todas as máquinas no seu cluster e cuida de tarefas como a inicialização de pods e contêineres. -
kubectl
: a ferramenta de linha de comando para interação com o cluster.
O kubeadm não irá instalar ou gerenciar o kubelet
ou o kubectl
para você, então você
precisará garantir que as versões deles são as mesmas da versão da camada de gerenciamento do Kubernetes
que você quer que o kubeadm instale. Caso isso não seja feito, surge o risco de que uma diferença nas versões
leve a bugs e comportamentos inesperados. Dito isso, uma diferença de menor grandeza nas versões entre o kubelet e a
camada de gerenciamento é suportada, mas a versão do kubelet nunca poderá ser superior à versão do servidor da API.
Por exemplo, um kubelet com a versão 1.7.0 será totalmente compatível com a versão 1.8.0 do servidor da API, mas o contrário não será verdadeiro.
Para mais informações acerca da instalação do kubectl
, veja Instale e configure o kubectl.
Para mais detalhes sobre compatibilidade entre as versões, veja:
- Políticas de versão e compatibilidade entre versões do Kubernetes.
- Compatibilidade entre versões do Kubeadm.
-
Atualize o índice de pacotes
apt
e instale os pacotes necessários para utilizar o repositórioapt
do Kubernetes:sudo apt-get update sudo apt-get install -y apt-transport-https ca-certificates curl
-
Faça o download da chave de assinatura pública da Google Cloud:
sudo curl -fsSLo /usr/share/keyrings/kubernetes-archive-keyring.gpg https://packages.cloud.google.com/apt/doc/apt-key.gpg
-
Adicione o repositório
apt
do Kubernetes:echo "deb [signed-by=/usr/share/keyrings/kubernetes-archive-keyring.gpg] https://apt.kubernetes.io/ kubernetes-xenial main" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/kubernetes.list
-
Atualize o índice de pacotes
apt
, instale o kubelet, o kubeadm e o kubectl, e fixe suas versões:sudo apt-get update sudo apt-get install -y kubelet kubeadm kubectl sudo apt-mark hold kubelet kubeadm kubectl
cat <<EOF | sudo tee /etc/yum.repos.d/kubernetes.repo
[kubernetes]
name=Kubernetes
baseurl=https://packages.cloud.google.com/yum/repos/kubernetes-el7-\$basearch
enabled=1
gpgcheck=1
repo_gpgcheck=1
gpgkey=https://packages.cloud.google.com/yum/doc/yum-key.gpg https://packages.cloud.google.com/yum/doc/rpm-package-key.gpg
exclude=kubelet kubeadm kubectl
EOF
# Set SELinux in permissive mode (effectively disabling it)
sudo setenforce 0
sudo sed -i 's/^SELINUX=enforcing$/SELINUX=permissive/' /etc/selinux/config
sudo yum install -y kubelet kubeadm kubectl --disableexcludes=kubernetes
sudo systemctl enable --now kubelet
Avisos:
-
Colocar o SELinux em modo permissivo ao executar
setenforce 0
esed ...
efetivamente o desabilita. Isso é necessário para permitir que os contêineres acessem o sistema de arquivos do hospedeiro, que é utilizado pelas redes dos pods por exemplo. Você precisará disso até que o suporte ao SELinux seja melhorado no kubelet. -
Você pode deixar o SELinux habilitado se você souber como configura-lo, mas isso pode exegir configurações que não são suportadas pelo kubeadm.
Instale os plugins CNI (utilizados por grande parte das redes de pods):
CNI_VERSION="v0.8.2"
ARCH="amd64"
sudo mkdir -p /opt/cni/bin
curl -L "https://github.com/containernetworking/plugins/releases/download/${CNI_VERSION}/cni-plugins-linux-${ARCH}-${CNI_VERSION}.tgz" | sudo tar -C /opt/cni/bin -xz
Escolha o diretório para baixar os arquivos de comandos.
DOWNLOAD_DIR
precisa estar configurada para um diretório que permita escrita.
Se você estiver utilizando o Flatcar Container Linux, configure a váriavel de ambiente DOWNLOAD_DIR=/opt/bin
.
DOWNLOAD_DIR=/usr/local/bin
sudo mkdir -p $DOWNLOAD_DIR
Instale o crictl (utilizado pelo kubeadm e pela Interface do Agente de execução do Kubelet (CRI))
CRICTL_VERSION="v1.22.0"
ARCH="amd64"
curl -L "https://github.com/kubernetes-sigs/cri-tools/releases/download/${CRICTL_VERSION}/crictl-${CRICTL_VERSION}-linux-${ARCH}.tar.gz" | sudo tar -C $DOWNLOAD_DIR -xz
Instale o kubeadm
, o kubelet
, e o kubectl
e adicione o serviço systemd kubelet
:
RELEASE="$(curl -sSL https://dl.k8s.io/release/stable.txt)"
ARCH="amd64"
cd $DOWNLOAD_DIR
sudo curl -L --remote-name-all https://storage.googleapis.com/kubernetes-release/release/${RELEASE}/bin/linux/${ARCH}/{kubeadm,kubelet,kubectl}
sudo chmod +x {kubeadm,kubelet,kubectl}
RELEASE_VERSION="v0.4.0"
curl -sSL "https://raw.githubusercontent.com/kubernetes/release/${RELEASE_VERSION}/cmd/kubepkg/templates/latest/deb/kubelet/lib/systemd/system/kubelet.service" | sed "s:/usr/bin:${DOWNLOAD_DIR}:g" | sudo tee /etc/systemd/system/kubelet.service
sudo mkdir -p /etc/systemd/system/kubelet.service.d
curl -sSL "https://raw.githubusercontent.com/kubernetes/release/${RELEASE_VERSION}/cmd/kubepkg/templates/latest/deb/kubeadm/10-kubeadm.conf" | sed "s:/usr/bin:${DOWNLOAD_DIR}:g" | sudo tee /etc/systemd/system/kubelet.service.d/10-kubeadm.conf
Habilite e inicie o kubelet
:
systemctl enable --now kubelet
/usr
como um sistema de arquivos apenas para leitura.
Antes de inicializar o seu cluster, você precisa de alguns passos adicionais para configurar um diretório com escrita.
Veja o Guia de solução de problemas do Kubeadm para aprender como configurar um diretório com escrita.
O kubelet agora ficará reiniciando de alguns em alguns segundos, enquanto espera por instruções vindas do kubeadm.
Configurando um driver cgroup
Tanto o agente de execução quanto o kubelet possuem uma propriedade chamada "driver cgroup", que é importante para o gerenciamento dos cgroups em máquinas Linux.
A compatibilidade entre os drivers cgroup e o agente de execução é necessária. Sem ela o processo do kubelet irá falhar.
Veja configurando um driver cgroup para mais detalhes.
Solucionando problemas
Se você encontrar problemas com o kubeadm, por favor consulte a nossa documentação de solução de problemas.